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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Sou apaixonada pelo trabalho do designer de jóias Antonio Bernardo. Suas criações são de uma delicadeza incríveis.



Antonio Bernardo


Nasceu no Rio de Janeiro, em 1947. Estudou na Suiça e cursou engenharia no Rio. Mas, é autodidata no setor que se tornaria um mestre.

Em 1981, abriu sua primeira loja, na Gávea, após mais de uma década trabalhando em seu ateliê residencial. 

Hoje suas criações estão não só em várias lojas pelo Brasil como também em diversos países. 

Em 2004, recebeu seu primeiro premio internacional na IF Design, na Alemanha.




pulseira Femme - 2







brinco Femme






anel Oráculo







brinco Fiji







anel Suspenso






brinco Argola Tangente








brinco Dancin g-1








anel Valsa







brinco Green Green



Vale a pena visitar seu site www.antoniobernardo.com.br.




Algumas imagens expostas neste blog vêm de fontes externas, sendo uma boa parte delas captadas na própria Internet, sem nenhuma autorização específica. Se alguma foto de sua autoria estiver neste blog e você desejar sua remoção ou registrar sua autoria, por favor entre em contato. 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Conheci só recentemente o trabalho da designer Cláudia Moreira Salles. Mas, sua obra já é reconhecida internacionalmente há muito tempo.


Cláudia nasceu no Rio de Janeiro, em 1955. Formou-se na Escola Superior de Desenho Industrial - ESDI, em 1978. Radicou-se em São Paulo na década de 80 e foi lá que seu trabalho começou a ganhar o mundo.




Cláudia Moreira Salles


Seus móveis e luminárias possuem linhas extremamente bem delineadas, com um apuro técnico ímpar. Vejam só:




        Sófa Largo






    cadeira Sirí




       poltrona Serena





luninária Cantante






     banco Tangente



Em 2013, a designer lançou o livro, abaixo, pela BEI Editora, que contemplava, até aquele momento, o conjunto de sua obra. A edição registra a trajetória profissional e o processo criativo da artista, com imagens dos seus trabalhos, de textos de sua autoria, e de prefácio e entrevista pela curadora e crítica de design norte-americana Karen Stein. Para quem gosta de design é imperdível sua leitura!







Agora, a designer está lançando sua nova coleção de luminárias chamada Sintonia Fina, com madeira  de demolição, cobre e nióbio na composição das peças. São seis modelos com edição limitada. Vejam dois deles:




luminária AM




luminária Flash





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sexta-feira, 16 de outubro de 2015


Ganhei o novo livro de crônicas da Martha Medeiros, "Simples Assim". Estou adorando ler. Ela parece uma amiga falando com a gente. Suas crônicas são saborosas. E quando você vê, o livro terminou!


Martha Medeiros é gaúcha de Porto Alegre - RS. Nasceu em 1961. Iniciou sua carreira de cronista no jornal Zero Hora, na década de 90, depois de trabalhar em publicidade. Lançou o primeiro livro de crônicas em 1995. Atualmente, assina, também, uma coluna semanal no jornal O Globo.

Suas obras reúnem ainda contos, romances, histórias infantis e poesia. Seus textos
 já foram adaptados para o teatro, cinema e TV.



                                                                     Martha Medeiros



Em uma de suas crônicas do livro "Simples Assim",  ela fala sobre sua admiração pelos filmes Antes do Amanhecer, Antes do Pôr do Sol e Antes da Meia-Noite, do diretor Richard Linklater. Adorei, pois também sou super apaixonada por essa trilogia. Aliás, quando gosto de um filme, vejo várias vezes. E isso aconteceu com eles.

Esses filmes são imperdíveis. Basicamente a história gira em torno de um casal que se conhece e há um desencontro . Após vários anos se reencontram e finalmente, no último filme, já estão casados. Mas, o interessante é a maneira como isso se desenrola. Eles vão expondo seus sentimentos de uma forma que nos vemos ali.







Então, leiam o livro da Martha Medeiros e vejam os filmes do diretor Richard Linklater. Depois me contem.















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segunda-feira, 12 de outubro de 2015


Outro dia falei com vocês sobre a nova série do programa Casa Brasileira, no canal GNT. Ontem estreou o primeiro episódio sobre a casa da designer Heloisa Crocco, em Porto Alegre, RS. Nele, o foco principal foi a arquitetura do lugar, sua casa-ateliê, mas, além disso, o que mais me encantou foi o trabalho da artista, que eu não conhecia.





                                                                       Heloisa Crocco




Fui pesquisar e vi que ela nasceu em Porto Alegre, RS, em 1949. Formou-se em desenho pela Universidade Federal do RS.  Trabalha com sobras de madeira para fazer painéis como este abaixo, feito com sobras de cercas de fazendas do Rio Grande do Sul:












Utiliza os desenhos dos veios de madeiras, como uma impressão digital da natureza, para estampar couro, cerâmica, tecidos e, até mesmo, pranchas de surf.




























Heloísa Crocco fez, também, o bar do Botanique Hotel & Spa, em Campos do Jordão - SP, no qual foram impressos seus desenhos em madeiras reaproveitadas:







Em 2010, lançou o livro TOPOMORFOSE, que apresenta o processo de criação de suas obras, a matéria-prima que utiliza e o ambiente em que trabalha. 




                                                                                          








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domingo, 11 de outubro de 2015


Outra vez Eucanaã Ferraz! 


Eucanaã Ferraz


No princípio deste ano falei sobre o poeta. Volto, agora, pois estava relendo um de seus livros, Rua do Mundo, e sempre que isso acontece admiro mais sua obra.





O poema abaixo, que está nesse livro, é um dos que mais gosto:



A questão
Como decidir do desejo?
Algum padrão diz do que
e de quanto vive?

Ele vive do que deseja?
É uma necessidade?
Subsiste no fundo do tempo?

Faz-se num minuto? Morre
no outro? Perdura uma existência inteira?
O desejo que não desejamos,

refreá-lo como? Respiramos.
Há interromper-lhe o passo?
O desejo nos ouve?

É cego? É doido? O desejo vê
mais que tudo? São os nossos
os seus olhos? Se os fechamos,

ele finda? Quem pôs o desejo em nós?
Onde está posto? E onde não?
Penetra o sonho, o trabalho, infiltra

nos livros, no óbvio, nos óculos,
na cervical, na segunda-feira e os versos
não sabem outro tema.

Há quem não deseje?
Tudo o que vive deseja?
Faça-se o exercício: não desejar,

por um mês, uma semana,
um dia. O desejo fabrica-se
de nenhum aval? Ele não teme?

Não receia o sal à face da razão?
Não teme a dor, decerto, que dela
parece, por vezes, primo-irmão.

E perguntamos, perplexos. O desejo
é uma forma oblíqua de alegria? Brinca
conosco? Mas, brincarmos com ele,

ai de nós, é de seus truques
o mais fatal. Morremos de desejo?
Com ele removemos pedras?

Por ele removemos montanhas?
Pode o desejo mover o não?
(O não: esta seta o mata?

Ou esta farpa fomenta o que nele nos ultrapassa
e que, sem nome nem fim, não desistirá
senão quando tudo morto em nós?)

Química tão secreta,
não vale a pena qualquer pesquisa,
uma pluma, este poema.


Rua do Mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. 



Eucanaã nasceu no Rio de Janeiro, em 1961. É professor de Literatura Brasileira na UFRJ, ensaísta e autor de diversos livros de poesia. É ganhador do Premio Portugal Telecom Poesia, de 2013, entre outros.


Mais um poema:

Via
Eu caminhava nu, sem que você visse.
Pra que você visse, eu caminhava sem.
Você não via. Pra que você soubesse,
eu caminhava nem, sem que você visse,

eu caminhava livre, além do limite de
ser ninguém, sem remo e sem alento,
o andar isento quase de mim mesmo,
num estranho, cansado engano,

sem âncora, no vento, e mais contente.
Nu, livro ao avesso; nu, anel sem dedo;
nu, anel sem dentro; nu, a pedra
bruta; nu, um livro bruto, antes

do acabamento, cimento grosso,
na antemão da cal, da letra, descampado,
como se a mão de alguém me desenhasse,
antiqüíssimo, no dorso de um vaso.

Sem poder ser belo, sem poder ser feio,
coisa-coisa no espaço, no tempo, eu ia.
O sol me reconhecia: eu era o filho
mais novo do boro e do alumínio.

Meu passo exalava o hálito do barro.
As crianças me apontavam, riam.
Tudo se condensava à minha roda.
No entanto, nenhuma flor surgia

nos meus passos: os brejos permaneciam
sáfaros, cobertos de urzes, sem que nada
fosse esquivo, estranho ou intratável,
nenhum recife, navalha ou gesto sórdido.

E pra que se desse a ver, meu silêncio
dizia: cabelo, pele. Sorri: os anjos de pedra
me acenaram. Eu caminhava sem,
em você, sem que você visse.

Rua do Mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. 


Este ano ele lançou novo livro "Escuta"


O site do poeta é www.eucanaaferraz.com.br








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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

                                                                                                 OSGEMEOS





Tenho muita admiração pela obra de dois artistas geniais: OSGEMEOS, Otávio e Gustavo Pandolfo. 

Eles nasceram em São Paulo, em 1974. Começaram a grafitar nos muros da cidade, no final da década de 80. Hoje, são artistas internacionais e seus trabalhos estão em galerias, museus e em espaços públicos de diversos países. 


OSGEMEOS


                                      
Não tenho conhecimento de um trabalho feito com tanta sintonia. É incrível. As obras são feitas pelos dois ao mesmo tempo e refletem um mundo de fantasia, em que retratam personagens com um toque surreal, onírico.





    graffiti na cidade de Boston, EUA






                                                                         Meus Pés Estão Flutuando




Eles trabalham com técnicas e suportes diferentes. Vão do desenho ao graffiti e murais, da pintura para esculturas e instalações.





                                                                 Casou Pra Ver Como É





                                                                         O Beija Flor






Em Vancouver, no Canadá, eles pintaram seis silos industriais, equivalentes a mais de 7 mil metros quadrados. O projeto foi organizado pela Bienal de Vancouver, como parte de uma série chamada "Giants", reunindo grandes murais em diversos países.










silos industrias em Vancouver, Canadá







Em 2014, OSGEMEOS propuseram à Aviação GOL pintar um Boeing 737. Eles queriam que as pessoas pudessem viajar em uma obra de arte. Aceito o projeto, a GOL decidiu utilizar, também, a aeronave para transporte da seleção brasileira nos jogos da Copa do Mundo.

Utilizaram 1.200 latas de uma tinta especial em spray.O trabalho foi executado em um hangar no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, e durou cerca de 15 dias, com uma jornada diária de 12 horas.









Em todo mês de agosto deste ano, OSGEMEOS realizaram a instalação "Parallel Connection", na Times Square, Nova York, EUA. As imagens foram exibidas em painéis eletrônicos.




Instalação Parallel Conection





O site da dupla é www.osgemeos.com.br.  Nele você pode ver todos os projetos, biografia e trabalhos mais recentes. Super completo.


Acessem o vídeo no link abaixo. Foi produzido por Ben Mor. Muito interessante. 
https://youtu.be/cZ9vQ9DBxfU





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quinta-feira, 8 de outubro de 2015


Precisamos falar de Chico. Sempre!





Chico Buarque é um dos grandes artistas da música brasileira. Adoro toda as suas músicas, mas Futuros Amantes,  e Todo o Sentimento, em parceria com Cristovão Bastos, são as minhas preferidas:


Futuros Amantes


Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios no ar

E quem sabe, então

O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão

Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não

Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá,
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você



Todo o sentimento

Preciso não dormir

Até se consumar
O tempo da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar e urgentemente

Pretendo descobrir

No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez

Prometo te querer

Até o amor cair
Doente, doente
Prefiro, então, partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente

Depois de te perder

Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu




Além da música, Chico possui uma carreira literária de peso. É vencedor de três prêmios Jabuti: o de Melhor Romance com "Estorvo" e o de Livro do Ano, com  "Budapeste" e  "Leite Derramado".




Recentemente, lançou um novo livro "O Irmão Alemão". Confesso que ainda não li. Mas, tenho certeza de que vou  gostar, pois adorei todos os outros. Vocês já viram, sou fã mesmo!


Suas peças de teatro também fizeram sucesso: Roda Viva, Calabar, Gota D água, Ópera do Malandro, O Grande Circo Místico e Cambaio. As músicas deste último espetáculo são belíssimas. Uma delas é A Moça do Sonho, composta por Chico e Edu Lobo:


 A Moça do Sonho

Súbito me encantou
A moça em contraluz
Arrisquei perguntar: quem és?
Mas fraquejou a voz
Sem jeito eu lhe pegava as mãos
Como quem desatasse um nó
Soprei seu rosto sem pensar
E o rosto se desfez em pó

Por encanto voltou
Cantando a meia voz
Súbito perguntei: quem és?
Mas oscilou a luz
Fugia devagar de mim
E quando a segurei, gemeu
O seu vestido se partiu
E o rosto já não era o seu

Há de haver algum lugar
Um confuso casarão
Onde os sonhos serão reais
E a vida não
Por ali reinaria meu bem
Com seus risos, seus ais, sua tez
E uma cama onde à noite
Sonhasse comigo
Talvez

Um lugar deve existir
Uma espécie de bazar
Onde os sonhos extraviados
Vão parar
Entre escadas que fogem dos pés
E relógios que rodam pra trás
Se eu pudesse encontrar meu amor
Não voltava
Jamais


Vocês podem ouvir várias de suas músicas no YouTube, no link abaixo:

submersahttps://youtu.be/WCnArLi3uCk



Acessem, também, www.chicobuarque.com.br






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